14 agosto, 2015

Enfim...

Sabes aquele momento quando os lábios de duas pessoas se roçam muito levemente, mas esse toque desencadeia uma explosão? o coração dispara e o corpo todo se incendeia? Era assim que eu estava! E eu queria mais, eu queria-te todo.
Eu queria provar a tua boca, sentir a tua língua, eu queria morder os teus lábios e o teu pescoço, tocar-te, puxar-te o cabelo, sentir o aperto dos teus braços, o teu cheiro, sentir que me empurravas contra a parede e me querias ter também.
E tive...

Aquele beijo, aquele encaixe perfeito que começou suave e mágico depressa se tornou selvagem. Num instante as mãos firmes apertaram o meu rabo e puxaram-me contra ele. Fiquei com o meu corpo completamente encostado ao dele, senti o calor a crescer entre as pernas quando a mão dele passeou por baixo do meu soutien e me fez gemer de prazer inconscientemente.
- Vamos fazer amor?
- Tenho de ir embora. - dizia a minha boca quando o meu corpo todo queria o contrário.
Eu sabia que não ia aguentar estar sozinha com ele.
Continuei a beijá-lo cada vez com mais vontade, cada vez com mais fome, puxei-lhe o cabelo, apalpei-lhe o rabo, a pele dele quente e arrepiada debaixo das minhas mãos, a respiração descompassada. Senti a língua na minha orelha e a barba a roçar no meu pescoço. Aquele arranhar enlouquecia-me. O cheiro dele embriagava-me.
Estava a ficar molhada a cada segundo que passava. Todas aquelas sensações sufocavam-me. Eu estava a perder o autocontrole.
- É melhor eu ir embora! - disse quando já não aguentava mais, ou ia embora naquele momento ou acabávamos na cama, ou no sofá, ou na mesa de jantar... bem, o sitio não era importante.
- Não estás a gostar? Não queres?
hesitei na resposta - Pelo contrário estou a gostar demasiado.
-Então? Porque não?
A minha mente a girar a mil à hora... O meu corpo a implorar um sim e a razão a dizer-me Não, Não, Não!
Olhou-me bem no fundo da alma e não me deixou responder, pegou em mim ao colo. Desisti de lutar. Enrolei as pernas à volta da cintura dele e fomos para o quarto. Ele percebeu que eu queria, que eu queria muito, não precisou das minhas palavras para nada.
Desci devagar do colo dele mas não consegui contrariar a vontade que eu tinha daquela boca e de o ter dentro de mim. Enquanto nos beijávamos loucamente tirei-lhe a t-shirt. Num gesto rápido de uma mão desapertou-me o soutien e arrancou-me a blusa, e todo o resto. 
E ficamos assim, pele com pele. A roupa espalhada pelo chão e o nosso fogo a subir em labaredas.


Enfim...


Deixei-me voar alto e a queda foi avassaladora.
Afinal a covardia também te invadiu, e fugiste. 

No fim o que resta é um sentimento sufocante transformado em decepção.
E a saudade? Vai passar, tenho a certeza.


Lana Fraga

 


20 março, 2010

A cura

Olá amiga, espero que estejas bem? aí na Áustria! – parva, podias ter-me levado contigo. Quando é que voltas? Espero que rapidamente…
Tenho tantas coisas para te contar e não aguento até chegares… Por cá as coisas estão óptimas! Sim óptimas. Finalmente consegui ultrapassar o divórcio! 10 Meses depois curei-me!!! A sério! Não acreditas? Vou-te contar tudo, tim tim por tim tim. Lol!!!

Há já uns meses que o Milton (sim Milton, e não é brasileiro, é todo português de Alcobaça) me convidava para ir tomar café com ele quando aparecia lá na empresa. Disse-lhe sempre que não, até que um dia ele me disse muito seriamente que seria a última vez que me convidava, e que até ia pedir para fazer outra zona na distribuição se eu não aceitasse. É claro que eu recusei o convite outra vez, não gosto nada deste tipo de chantagens emocionais. Por isso não fiquei nada chateada, mas com o passar dos dias comecei a ter alguma pena de não o ver por ali, quase todos os dias. Ele até era muito simpático, e engraçado, e giro. Não sei como te explicar, senti um pouco a falta dele, ententes? Enfim…
2 semanas depois, antes de ir trabalhar fui tomar um café e vi sabes quem? Pois, vi o Sérgio agarrado à Paula, sim a Paula Peixoto… O meu ex marido com aquela… Fiquei desolada e só me apetecia chorar. Respirei fundo, engoli o meu sofrimento e fiquei ao balcão, cumprimentei com um aceno os dois e tomei o meu café, entretanto eles saíram antes de eu terminar.
Quando cheguei à empresa o Milton estava a sair. Notei que ele não queria lá muito falar comigo mas acho que ele percebeu que eu não estava lá muito bem e veio ter comigo.
Perguntou-me se estava tudo bem comigo, eu respondi que mais ou menos. E ele disse:
- Tens a certeza que estás bem? Não estás com boa cara.
- Está tudo bem, já disse. E contigo?
- Bem.
- Milton, que tal um jantar amanhã? – não sei como é que estas palavras saíram da minha boca… talvez fosse a raiva que eu estava a começar a sentir por ter visto aqueles dois aos beijos, às 9 da manhã!!! Achei na altura que seria uma boa vingança…
- Quê? Será que eu ouvi bem? Jantar? Tiveste saudades minhas, não foi? - Disse ele com um ar gozão.
- Se vais começar a gozar fica já o jantar sem efeito.
- Não, não, desculpa, não te sintas ofendida. Olha, eu trato de tudo. Venho-te buscar às 19h, ok?
- Ok. Mas onde vamos?
- Não te preocupes.
- Ok, não me deixes plantada.
- Nunca. Até amanhã.

O resto do dia passou lentamente e quando cheguei a casa fui chorar para a cama. Pensei que já tivesse ultrapassado a questão de que agora estava sozinha, e ainda por cima não estás cá para me consolar. Estava tão em baixo. Não me voltei a lembrar do jantar com o Milton. Na sexta-feira acordei revigorada, de bom humor e um pouco ansiosa pelo jantar, confesso. Tomei um duche, hidratei a minha pele e fui-me vestir. No inicio nem sabia o que haveria de usar… mas como estava tão bem humorada isso não foi problema. Imagina, vesti aquela lingerie que me ofereceste no meu aniversário cinza com renda rosa chock com aqueles atilhos, acho que condizia com o meu estado de espírito, e sempre me fez sentir mais sensual e segura. E Levei um simples vestido preto, relativamente justo mas não demasiado ousado.
O meu dia de trabalho nunca mais acabava, cheio de problemas mas finalmente a partir das 17h aquilo acalmou. Às 18:45 fui retocar a maquilhagem e desci.
O Milton já estava à minha espera sorridente.
- Estás muito gira! Vamos? Tenho o carro no próximo quarteirão.
- Tu também estás muito giro, sim senhor… esmeraste-te. - Disse eu em tom de brincadeira.
- E ainda não viste nada. – fiquei curiosa com esta frase… mas…
- Milton, eu vou no meu carro.
- Porquê? Vamos no meu e depois trago-te cá ou levo-te a casa.
- Não, a sério, prefiro levar o meu, vamos os dois no meu. Que achas?
- Porquê? Tens medo?
- Medo… de ti! Se te portares mal, eu deixo-te e venho embora sozinha… Juro.
- Eu não vou fazer nada que tu não queiras.
Não sei se deveria interpretar a frase com duplo significado e fiquei calada uns segundos.
- Anda lá. Confia. Eu não sou um bicho papão.
- Hum, está bem. Vamos. – e fomos juntos no carro dele.

Ainda andamos uns bons quilómetros até chegar ao restaurante. Era um restaurante fantástico uma casa antiga completamente restaurada, muito chique. Ias adorar. Durante o jantar falamos basicamente de trabalho, já estava a começar a ficar aborrecida… Acabamos de jantar e saímos do restaurante, a noite estava quente de trovoada e fomos dar uma volta ao pé de um rio que passava por ali. Andamos e começamos a falar de nós, das nossas vidas. Entretanto, não imaginas… Começou a chover torrencialmente e nós só tínhamos árvores a proteger-nos, desatamos a correr para o carro, mas na altura em que chegamos já tinha parado de chover e já estávamos os dois completamente encharcados até á pele. Entramos no carro, olhamos um para o outro e desatamos a rir… Rimos até não poder mais.
- E agora? – perguntei eu
- Vamos a minha casa, pôr a roupa a secar na máquina.
- Hã? A tua casa?
- Sim, fica a uns 10 minutos daqui. Vai ser num instante.
- Não sei… se calhar levas-me ao meu carro e depois vê-se.
- Nem penses. Já viste como estás? Estás cheia de frio, tens os lábios roxos!
Era verdade eu estava mesmo cheiinha de frio.
- Vamos lá então. – disse eu um pouco apreensiva.

Paramos num edifício de apartamentos e subimos até ao 5º andar.
- Milton a tua casa é fantástica!
- Obrigada, foi o que me calhou com a separação de bens.
- Já foste casado? – Fiquei perplexa
- Sim, durante 5 anos.
- Não fazia ideia.
- Olha espera um pouco que eu vou preparar a casa de banho para tomares um banho bem quentinho.
Eu não disse que não, realmente estava gelada.
Amiga!!! não imaginas a casa dele, moderna mas com uma atmosfera super acolhedora, tudo impecavelmente limpo e arrumado, acho que ele deve ter uma empregada… diária… E quando eu fui tomar o banho… Tive uma surpresa. Ele tinha acendido velas aromáticas, montes delas. Juro… Por momentos pensei que ele ia ter a ousadia de vir tomar banho comigo, mas não aconteceu.
- Tomas banho nesta, que eu vou tomar banho na social. Demora o tempo que quiseres e usa o que quiseres. Faz como se estivesses em casa.
Quando saí do banho ele tinha deixado um roupão em cima da cama, deduzi que era para mim e vesti-o, verifiquei se a minha roupa interior estava seca, mas fiquei molhada até à pele. Levei a roupa molhada comigo de novo até à sala e ele apareceu, também de roupão, e levou-a para secar, disse-me para ir para o sofá.
Na mesinha já estava uma garrafa de champanhe e duas flûtes. De repente ele aparece com um tabuleiro com dois pratos com… nem imaginas… Panquecas com morangos. (Já te deve estar a crescer água na boca…)
- É a sobremesa!
- Foste tu que fizeste?
- Sim, deve ser a única coisa que sei fazer para além de massa à bolonhesa. Quando era miúdo a minha mãe ensinou-me, e aos domingos eu fazia sempre para o nosso pequeno-almoço.
- Estou impressionada!
Fez estourar a garrafa e brindamos. As panquecas estavam deliciosas, O champanhe bem fresco, e a conversa agora estava muito mais íntima. Falamos dos nossos casamentos, das nossas desilusões, dos nossos amores, enfim ele fez-me baixar a guarda. O champanhe também ajudou, claro! Acabamos por beber duas garrafas, vê lá.
A certa altura ficamos sem conversa, e olhamos nos olhos um do outro. Ele tem uns olhos lindos cor de avelã. Aproximou-se de mim, fez passar a mão por entre os cabelos da minha nuca, senti um arrepio e fechei os olhos. Senti os lábios quentes dele a aproximarem-se dos meus timidamente. Aqueles micro segundos antes dos nossos lábios se tocarem, que aumentava a minha ansiedade por aquele beijo e no entanto também o rejeitava. Não sabia o que pensar nem o que estava a sentir. O meu pensamento corria a alta velocidade.
- Olha para mim. – pediu-me baixinho
Quando abri os olhos, o nosso beijo foi muito mais intenso e carregado de desejo.
As mãos dele deslizaram do meu rosto pelo meu pescoço, pelos meus ombros. E então lembrei-me que estava nua…
- Pára.
- Que foi?
- Acho melhor ir embora. – disse-lhe afastando-me um pouco.
- Foi por minha causa? Fiz alguma coisa…
- Não. É que já é tarde. E a minha gata está em casa sozinha, só lhe dei ração de manhã, deve estar com fome.
- Que desculpa… De certeza que a tua gata não morre de fome se lhe deste de comer de manhã. E acho que tens razão é demasiado tarde… para eu te levar. – Sorria enquanto dizia isto, mas um sorriso sincero. – Ficas cá a dormir!
- Hã! Quê!
- Calma deixa-me acabar, ficas no meu quarto e eu fico aqui no sofá.
- Não, nem penses. Eu fico no sofá.
- Já estás a fazer progressos, pensava que ias dizer que querias ir embora a todo o custo. Agora a sério, ficas na cama e eu fico no sofá, nem imaginas as noites que eu já passei aqui, somos velhos amigos… - rindo – vou dar-te uma t-shirt para dormires. Pode ser? Serve?
- Sim.
Segui-o até ao quarto. Pousou a t-shirt em cima da cama. Voltou-se para mim e aproximou-se, olhou-me bem nos olhos e disse-me:
- Estou á tua espera há imenso tempo e posso esperar mais sem qualquer problema. Leva o tempo que quiseres. Eu estou à tua espera.
Deu-me um leve beijo nos lábios, saiu e fechou a porta.
Deitei-me, apaguei a luz mas não conseguia dormir, ao longe ouvi uma igreja a dar as 4 da manhã. As palavras dele antes de deixar o quarto não me saiam da cabeça, acho que ele despertou qualquer coisa que eu sentia, mas que estava muito adormecida.
Já sei o que estas a pensar amiga, que eu sou uma idiota, que se estava a gostar deveria ter aproveitado e deixar-me levar, ele até nem é má pessoa, que já estou divorciada à 10 meses e que já está mais que na hora de partir para outra. Sim eu sei e foi isso que eu pensei também. Meia-hora depois consegui ganhar coragem e levantei-me, abri a porta e fui à sala ter com ele.
- Milton?! - Chamei-o baixinho
- Que foi aconteceu alguma coisa?
- Estou com frio!
Ele fez uma cara de quem estava a estranhar a resposta e depois sorriu levemente.
Estendi-lhe a mão e ele levantou-se do sofá. Estava só de boxers… Amiga… ele é mesmo muito giro, um pouco bronzeado mas com tez clara, sem uma gota de gordura, com o corpinho bem delineado, o único defeito dele é não ser muito alto, mas isso são pormenores de pouca importância.
Dei-lhe a mão e encaminhei-me para o quarto. A meio do caminho ele puxou-me para si, encostou-me à parede e beijou-me apaixonadamente, deixei-me levar pelo desejo que estava a sentir. O perfume dele aguçou os meus sentidos, as mãos dele passeavam pelas minhas costas, acariciavam os meus cabelos e a minha nuca fazendo-me arrepiar. Senti o desejo dele “crescer” encostado a mim, e o calor que emanava fazia-me excitar cada vez mais.
A pele dele era macia, aveludada e perfumada. Acariciei-lhe o peito, o pescoço, o cabelo. A boca dele beijava o meu pescoço e o roçar da barba fazia-me estremecer, de vez em quando mordia-me suavemente e eu soltava pequenos gemidos. Mordeu-me os lóbulos das orelhas e consegui ouvir a respiração dele ofegante. Fiquei com vontade que ele me possuísse naquele momento. Tu sabes como eu sou sensível nas orelhas…
A mão dele apertava-me o rabo e ele comprimia-me contra a parede.
A outra mão dele começou a abrir o meu roupão, muito devagar, e acabei por ficar nua quando ele o fez deslizar pelos ombros. Senti um misto de vergonha e de vontade de continuar. Agora acariciava-me os seios, os meus mamilos estavam duros e ele fazia o seu dedo girar à volta do bico, a nossa respiração estava cada vez mais ofegante. Passei a minha mão por dentro dos boxers e pude sentir o pénis duro e quente, pronto para entrar em mim como eu queria. Com a outra mão puxei os boxers para baixo e acabaram por cair ao chão. Ficamos ali assim alguns minutos a descobrir os nossos corpos, e com o desejo a pulsar nas veias. Estava a ser tão intenso que se ele continuasse eu tinha um orgasmo ali mesmo, encostada à parede.
Ele começou a beijar-me o peito, os mamilos. Fiquei ali detida a absorver aquele momento, a sentir cada centímetro que ele percorria com as mãos e com os lábios pela minha pele, era mais forte que eu, não me conseguia mover, a adrenalina disparou. Senti aquele frio na barriga, as borboletas agitavam-se dentro de mim parecia que a qualquer momento iam explodir cá para fora, senti o meu coração a bater cada vez mais forte, nas mãos, na barriga, nos pés, todo o meu corpo latejava. A mão dele deslizou até à minha racha que estava completamente molhada e ansiosa. Ele começou a rodar os dedos sobre o meu clítoris, e estava a levar comigo à loucura, os meus gemidos aumentaram de volume.
Afastou-me as pernas, colocou os braços à volta da minha cintura elevando-me, e penetrou-me de uma só vez na perfeição. Soltei um grito alto de prazer. Senti todo o meu corpo a vibrar, com mil e uma sensações desconhecidas para mim até aquela noite.
Afastei-o e com um olhar convidei-o a deitar-se no chão comigo.
- Anda – puxei-o para cima de mim
Beijamo-nos apaixonadamente enquanto ele se posicionava melhor para me penetrar de novo, a minha ânsia de o ter aumentava a cada segundo que passava, acho até que o Milton estava demorar de propósito. A mão dele deslizou até às minhas nádegas e apertou-me bem, e com um impulso penetrou-me.
E ele continuou a entrar em mim, uma e outra e outra vez, os sons dele ao meu ouvido enlouqueciam-me. Quando eu estava quase a chegar ao orgasmo, parou e ergueu-se ao mesmo tempo que me puxava para junto dele, acabamos por ficar sentados no chão, comigo por cima. E agora era eu que comandava. O olhar dele a descobrir o meu corpo fez-me sentir ainda mais excitada, as mãos dele acariciavam-me as nádegas e deslizavam pela minha pele quente de tesão. A respiração dele aumentava de volume, o nosso suor misturava-se enquanto eu aumentava a velocidade das minhas investidas contra ele. Alguns segundos depois chegamos ao orgasmo juntos, num turbilhão de gemidos bem altos.

Foi verdadeiramente o máximo. Apesar de rápido!
Ficamos ali algum tempo parados, beijando-nos, de certa forma a consolidar aquele momento de intimidade.
- Ainda tens frio?
Que bela frase para acabar com o momento, ri-me para comigo.
- Não. – dei-lhe um pequeno beijo - Vamos para o quarto?
- Vamos.
Levantamo-nos e fomos para o quarto, deitamo-nos, juntinhos e muito agarrados e acabamos por adormecer sem conversar mais.
De manhã acordei com os beijos dele no meu pescoço.
- Bom dia!
- Olá – respondi
- Então? Que tal um pequeno-almoço?
- Sim pode ser.
- Muito bem, a senhora manda! Croissants? - perguntou enquanto se levantava da cama
- Hei, onde vais?
Franziu a sobrancelha e disse-me que ia fazer o pequeno-almoço.
- Não era disso que eu estava a falar…
Sorriu e voltou para a cama.
- Então? Ontem portei-me muito mal? – Perguntou-me baixinho ao ouvido
- Humm! – fiz alguns segundos de silêncio - Um pouco!
- Oh, deixa-me compensar-te!!! – rindo-se

E pronto imaginas onde o resto foi dar… No próximo mail conto-te mais pormenores. Hoje já não tenho tempo para te contar mais porque vou andar de bicicleta com o Milton. Sim, lês-te bem, bi-ci-cle-ta!
Beijos grandes, volta depressa por favor.








Lana Fraga

04 agosto, 2009

Ver Hoje

Acordo, e vou correr... Adoro correr pela manhã, sentir o ar fresco na cara. Consigo pensar nos meus problemas, e tomar decisões e resoluções. A esta hora não anda quase ninguém na praia, ando completamente à vontade.

Chego a casa tomo um duche rápido, faço a barba, visto o fato, arranjo o cabelo, pequeno-almoço, perfume e ponho-me a caminho. Está um Sábado de Verão fantástico, não está demasiado calor, e corre uma brisa agradável. Não há transito e chego ao meu destino em 15 minutos. Coloco o cartaz cá fora, entro e abro as janelas, para que o cheiro a mofo seja menos intenso, a seguir ponho uma musica no leitor – Hoje vai ser jazz! - pulverizo as divisões com um pouco de ambientador.

Acho que os clientes que procuram uma casa, devem entrar e sentirem-se confortáveis imediatamente, para se sentirem em sintonia com ela. Por isso procuro tornar estas casas abertas ao publico o mais humanizadas possível.

Espero que o cartaz dê resultado… Este mês só vendi 1 apartamento. Se não subo as vendas a “Home Sweet Home” ainda me dispensa… Mas estou optimista e como agora está na moda abrir as casas durante um dia inteiro para quem quiser ver, em vez de as visitas serem marcadas, acho mesmo que vou conseguir vendê-la. Talvez devesse acrescentar no cartaz o nº de telemóvel para além das letras garrafais “Ver Hoje – Vende-se moradia”. Bem… Vamos ver como corre.

Por volta das 10 da manhã entram os primeiros potenciais clientes, um casal jovem que vai casar dentro de meio ano. Depois de alguns anos neste ramo começamos a conhecer as pessoas e sinceramente… não me parece que esta seja a moradia indicada para eles. Às vezes vê-mos as pessoas e percebemos imediatamente do que pretendem, e eles queriam algo mais modesto. Ao meio-dia entrou outro casal que vinha apenas matar curiosidade… Mostro a casa, perguntam o preço, tamanho da garagem, quantos metros quadrados tem o jardim, e no fim vão embora.

Vou comer uma sandes ao café mais próximo, o dia está a ficar mais quente. Por baixo do casaco, camisa e gravata começo a suar um pouco. A praia está cheia e cada vez chegam mais veraneantes. Que vontade de ir apanhar uns banhos de sol e dar umas braçadas naquele mar azul. Mas não pode ser. Tenho que ir vender aquela moradia.

Meto-me no carro, ligo o ar condicionado e volto para o meu local de trabalho.

A casa situa-se em Miramar numa daquelas ruas cheias de árvores, é uma casa antiga que foi totalmente restaurada, com 4 frentes, divisões com luz directa, 4 quartos, 4 casas de banho (2 privadas com jacuzzi e 2 de serviço), anexo, garagem para 3 carros, 500m2 de área coberta e 2000m2 de área descoberta, cozinha totalmente equipada, roupeiros embutidos, caixilharia térmica, vidros duplos, aspiração central, aquecimento central, alarme, sistema de vigilância, jardim e a cereja no topo: a fantástica piscina em forma de rim… Que está cheiinha de água azul. – Que vontade de dar um mergulho! - A casa que está completamente mobilada pois os antigos donos pretendem desfazer-se dela com o conteúdo. O mobiliário era de um estilo moderno um pouco minimalista contrastando com a arquitectura do edifício. Uma casa de sonho e prontinha a habitar.

Às 14h chegou um homem sozinho, mostrei tudo, mas quando lhe disse o preço… A cara dele mudou de expressão…

Até por volta das 19h mostrei a casa a mais 3 casais, um deles ficou muito entusiasmado. Felizmente já estava a chegar ao fim. Às 19:30h fecho as portas e vou embora, já não era sem tempo. Vou até à varanda ver se a rua mostra algum movimento.

Quando faltavam 15 minutos para me ir embora, chega uma mulher num Mini Cooper vermelho. Saiu do carro, atravessou o passeio e entrou na casa.

- Boa tarde!

- Boa tarde! Seja bem-vinda.

Que estranho… Fechou a porta da entrada… Tudo bem… Assim não entra mesmo mais ninguém fora de horas.

- Eu sou o Gonçalo!

- Maria.

- Vamos ver a casa? Começamos pelo andar de cima!

Volto-me de costas para ir buscar um folheto e quando me viro ela está a olhar para mim de alto a baixo. Depois olhou-me nos olhos e deu um sorriso muito subtil. Deve ter gostado do que viu… Nem tentou disfarçar.

Faço-lhe sinal para ela ir à minha frente. Era uma bela mulher tinha cabelos castanhos, tez dourada, trazia um vestido que acompanhava as curvas do seu corpo muito elegante com um padrão em tons de preto amarelo e branco, uma mala Luís Vuitton, e uns sapatos de salto alto. Tinha uma silhueta fantástica e um andar muito sensual. Enquanto subíamos as escadas pensei para comigo: Não te estiques, ela é uma cliente, tens que vender a casa e concentra-te nisso. Vá pensa em futebol…

Mostrei o 1º andar de cima todo e ela mal falou, acenava com a cabeça e dizia que sim. A sua forma de estar até me deixou um pouco desconfortável, parecia que me estava a provocar com olhares, sorrisos e gestos. A dada altura eu nem sabia muito bem como reagir, mas mantive-me à defesa.

O sol estava a começar a pôr-se e entrava na casa uma luz avermelhada. Já passava das 19:30h de certeza!

Descemos as escadas fui buscar o meu telemóvel à mesa de jantar antes de lhe mostrar o rés-do-chão.

Quando me voltei ela estava à minha frente e encostou-se a mim, olhou-me bem nos olhos e deu-me um leve beijo nos lábios. Senti o meu coração a acelerar, senti-me atraído por ela mal a vi a sair do Mini. Olhou-me nos olhos novamente como que à espera de resposta e eu não resisti e beijei-a. Primeiro devagar, mas depois com mais intensidade. Senti o gosto da sua boca a invadir a minha. Fiquei a arder imediatamente. Ela agarrou-me a gravata e puxou-me para o sofá, empurrou-me e fiquei deitado. Puxou o vestido um pouco para cima e sentou-se sobre mim.

Sorriu quando sentiu o meu pénis já erecto entre as suas pernas.

- Sr. Gonçalo!!! Seu maroto!

Passei as minhas mãos nas suas pernas, eram tão macias e não tinham um único pêlo. Ela tirou-me a gravata e pousou-a no sofá, começou a desabotoar-me a camisa rapidamente.

- Bronzeado, tonificado!!! Muito bem Sr. Gonçalo!

Esta mulher estava a tirar-me do sério, e eu nem sabia muito bem como reagir, ela estava completamente à vontade consigo e… comigo. O perfume dela era inebriante e parecia que me estava a deixar mais relaxado. Esta mulher sabia bem o que queria, isto notava-se no seu olhar provocador, nos seus gestos sem hesitação, na sua voz.

Começou a beijar-me os lábios, o pescoço, o peito e depois pegou nas minhas mãos e chupou-me um dedo, não tirando os seus olhos dos meus. Estava a ficar cada vez mais excitado.

Pegou na gravata e atou-me as mãos ao braço do sofá. Fiquei um pouco apreensivo, afinal de contas, isto podia ser só uma manobra para me assaltar. Tentei libertar-me mas estava mesmo bem atado.

- Não se preocupe Sr. Gonçalo!

Resisti mais um pouco mas acabei por me render.

Ela levantou-se e começou a tirar o vestido, correu o fecho até baixo e tirou o vestido, trazia lingerie preta de cetim e renda. Tinha um corpo espectacular, escultural. Ela era linda, mesmo linda em todos os aspectos, irresistível.

Tirou-me os sapatos e sentou-se na beira do sofá, beijou-me enquanto a sua mão me desapertava as calças. Fez deslizar a sua mão por dentro das minhas calças e agarrou o meu pénis, senti-me estremecer, os meus sentidos estavam à tona. Estava a sentir aquelas carícias com 10 vezes mais intensidade. Ela estava a dominar-me. Quis possui-la naquele momento, saborear cada pedaço do seu corpo colado ao meu. Mas pouco me conseguia mexer. Aproximou-se do meu ouvido e sussurrou:

- Quero-te assim, ansioso, quente, à minha espera. – e fez passar a sua língua pela minha orelha. Soltei um gemido baixinho. A sua respiração ao meu ouvido estava a deixar-me louco de tesão. Os seus olhos penetravam-me enquanto me seduzia.

Levantou-se e saiu da minha beira, do sofá não consegui ver para onde ela foi, mas consegui ouvir os seus saltos altos a afastarem-se apenas um pouco e depois a voltarem na minha direcção, quando a vi de novo estava com um preservativo na mão que pousou em cima do meu peito. Começou a tirar o soutien tinha os seios fantásticos, os mamilos bem delineados, com o tamanho certo, a cor certa, depois tirou a tanga, tinha apenas um pequeno triangulo de pêlos, muito bem aparado.

- Solta-me. – pedi-lhe, apetecia-me tocá-la, beijá-la, senti-la contra mim, saboreá-la.

- Não. Eu sei que estás a gostar assim, porque haveria de te soltar?!

Tirou-me as calças e os boxers, senti-me embaraçado naquela posição, só de camisa. Sentou-se em cima de mim novamente, beijou-me, as suas mãos percorreram o meu pescoço, o meu peito, até ao meu pénis. Senti-me outra vez naquele estado de êxtase. Ela colocou o preservativo, beijando-me o ventre. E sentou-se em cima de mim.

O meu pénis encaixava-se perfeitamente dentro dela, ela também estava muito excitada, movimentava-se em cima de mim devagar acariciando os seios, gemendo baixinho. Estava tão quente.

A nossa respiração estava sintonizada, os nossos gemidos cada vez mais altos, os nossos movimentos cada vez mais rápidos. A música já tinha acabado e só se conseguia ouvir o nosso gozo.

- Solta-me por favor! – Pedi-lhe com ar de cãozinho abandonado.

Ela aproxima-se e com apenas uma mão desata-me. Sentei-me, abracei-a, beijei-a, e toquei-lhe os seios até ficarem duros, as minhas mãos percorreram o seu corpo quente e macio, o seu perfume deixava-me embriagado, a sua pele macia, a sua boca, levava-me à loucura. Levantei-me do sofá com ela ainda em mim, segurei-a pelas nádegas, e levei-a até à mesa de jantar. Sentei-a e ela enrolou as pernas à minha volta, empurrando-me para si gemendo alto. Aproximei-me dela e beijei-a, e agarrei-a enquanto as minhas investidas eram mais fortes, as suas mãos arranharam as minhas costas, da boca saiam gemidos de prazer e gritos de tesão, ela estava a ficar descontrolada, sentia o seu corpo todo a tremer. O suor escorria na nossa pele. Eu também já não aguentava mais e vim-me com um longo grito.

Ficamos alguns momentos a olhar um para o outro com um certo ar de satisfação até conseguirmos regular a nossa respiração.

- Vamos tomar um duche? - pergunto, afinal podemos aproveitar a casa, está pronta a habitar.

- Sim!

Levantamo-nos, procuramos as nossas roupas, dei-lhe a minha mão e fomos nus até ao quarto principal, tirei toalhas do armário enquanto ela temperava a água. Entramos juntos para o duche, beijamo-nos demoradamente, desta vez eram beijos diferentes, menos carnais e pelo menos de minha parte com mais sentimento. Acho que estava a apaixonar-me por aquela mulher, pela Maria. Estes pensamentos assustaram-me um pouco, mas depressa se desvaneceram com mais um beijo. Ela era linda até no banho, a água a escorrer-lhe pelo corpo, pelo cabelo, pelo rosto tornava-a muito sensual.

Acabamos o duche, enrolamo-nos nas toalhas e fomos até ao quarto onde estavam as nossas roupas. Não queria que aquele dia acabasse já. Começamos a vestir a nossa roupa um pouco enrugada e descemos até à sala. Os nossos olhares eram cúmplices.

Ela foi até à sua mala e tirou um pequeno bombom de chocolate que me deu na boca juntamente com um terno beijo.

- Janta comigo hoje!?

- Não.

- Vamos voltar a ver-nos? – receava ouvir a resposta.

- Penso que não. - Lançou-me um olhar que achei ser de alguma tristeza e disse - Parabéns Sr. Gonçalo!

Com esta frase abriu a porta e saiu da casa. Fiquei perplexo com a última frase. Não percebi. Entretanto o meu telemóvel toca.

- Parabéééns – gritam do outro lado da linha, eram os meus amigalhaços, consegui reconhecer a voz do Pedro, do Carlos e do Zé.

Já não me lembrava que hoje era o meu aniversário, com os problemas de trabalho, esqueci-me completamente.

- Gostaste do bombom que te demos???!!! He he he, Ha ha ha!!! – riam-se muito alto

- Olha que foi muito difícil convencê-la… He he he!!! Mas quando ela te viu, disse logo que alinhava!!!

Algo fez clic dentro de mim. Desliguei imediatamente o telemóvel e corri para fora da casa apenas para poder ver o Mini vermelho no final da rua a virar à esquerda.

Voltei a ligar-lhes para eles me darem o contacto dela e eles gozaram comigo à brava, e não mo deram. Acabei por jantar com eles, mas não lhes disse uma única palavra do que aconteceu naquela tarde, apesar da insistência.

Passei o Domingo em casa um pouco deprimido, nem sequer fui correr de manhã. Na segunda-feira voltei à casa para tentar vendê-la. Tinha uma marcação às 19h, mas já eram 19:30h.

Cheguei, pousei os folhetos e os cartões e sentei-me no sofá, naquele sofá. Estava de mau humor. Aquela experiência deixou-me apaixonado pela Maria. Eu não queria acreditar mas era a realidade. Não consegui deixar de pensar na Maria o Domingo e a Segunda-feira inteira. Ainda conseguia sentir o seu perfume naquela sala. O nome dela repetia-se na minha cabeça vezes sem conta.

10 minutos depois batem à porta, nem reparei que a tinha fechado quando entrei.

- Pode entrar! – gritei, francamente não me apetecia estar ali.

- Boa tarde Sr. Gonçalo.

Voltei-me imediatamente para trás ao reconhecer a voz.

- Não consegui tirar-te da minha cabeça – disse ela

- O meu nome é Ana!

Lana Fraga

02 junho, 2009

Desconhecido

- Já saí de casa e passo aí dentro de 10 minutos! Dou uma buzinadela para saírem, ok?
- Tchau então e até já meninas!
Fixe, está a dar a minha música favorita na rádio. Está a começar bem… Vou buscar as gajas para irmos para a noite…

Que raios tenho sempre que esperar por elas… Que atrasos de vida!
- Olá?! Estava a ver que não era hoje!!!
- Olá Mónica! Mas que gira que estás hoje… Olha só Vera! Mini-saia, perninha ao léu! Vais lá vais…
- Muda de assunto, muda!!! Eu disse daqui a 10 minutos e não 20!
- Deixa ver, Deixa ver, Uauu!!! Muito bem! Hoje vamos arrasar. Tou com um feeling!
- Tás com um feeling, tás!!! Cá para mim hoje vens é de gatas para casa!!! Com esse power todo!!!
- Então e onde vamos hoje?
- Vera, hoje és tu a escolher… Da última vez foi a Gaby, e antes fui eu… Por isso…
- Já sei! Hoje vamos para o Porto, vamos áquele bar que fica na Ribeira, lembram-se? Até ficamos com o flyer?
- Parece-me bem! Que achas Gaby?
- Por mim, já sabem, tudo na boa! Quero é diversão!!!
- Vamos só abastecer primeiro!

Chegamos ao bar e entramos logo, ficava numa daquelas ruinhas estreitas da Ribeira. Era pequeno mas muito agradável, a música era óptima para dançar, o ambiente estava ao rubro. Toda a gente a dançar em cima das mesas e das colunas de som. A loucura tinha invadido aquele lugar… Pedimos Vodka para começar… Já não seria a primeira vez que íamos de táxi para casa, por isso não estávamos muito preocupadas com o teste de alcoolémica. Começamos a dançar ao pé do bar, e lentamente fomos sendo arrastadas para o meio do espaço tal era a quantidade de gente.
Senti alguém tocar-me no ombro.
- Mónica! Já viste aquele ali? Está há montes de tempo a micar-me…
- Qual? O moreno despenteado? – Tinha que gritar para me fazer ouvir.
- Não! O amigo desse que está ao lado!
- Vai lá, Gaby!!! É giro!
- Achas?
- Claro! Que tens a perder… Se não gostares vens-te embora! Paciência!
Ela foi ter com o tal moreno. Fiquei eu e a Vera! Dançamos como malucas durante pelo menos mais uma hora. Como já estava a ficar cansada fui até ao bar encostar-me um pouco. A Vera ficou na pista a conversar com uma recém amiga.
Comecei a olhar à volta e não vi nada que interessasse… Pedi mais uma vodka. Voltei a virar-me para a frente e foi então que o vi. Os nossos olhos prenderam-se imediatamente. De repente tudo começou a andar em câmara lenta, deixei de ouvir a música, só consegui vê-lo, os seus olhos entravam dentro dos meus, tudo o resto ficou desfocado. Só existíamos nós os dois naquele momento. A minha respiração parou. Senti aquele frio na barriga como quando um casal apaixonado se beija pela primeira vez. Parecia que conhecíamos á anos. Parecia que os seus olhos me conseguiam ler, e que conhecia todos os meus segredos.
- Hei!!! Cuidado! – Resmunguei quando de repente, me empurraram com força e deixei cair o meu copo de vodka.
- Desculpa! Eu pago-te outro copo!
Quando olhei para a frente outra vez, ele já não estava lá. Olhei em volta e procurei-o mas não o vi em lado nenhum. – Merda!
Parecia-me que conhecia a cara do gajo que me empurrou de algum lado… Pois, era o moreno despenteado… O amigo do amigo da Gaby… - Que boa maneira de meter conversa… Assim não vais longe, não!
- É o mínimo que podes fazer!
- O que estavas a beber?
- Vodka com gelo!
- Bem! Uma bebida potente!!!
Não estava para o aturar, depois do que ele me tinha feito. Dei-lhe um sorriso amarelo enquanto esperava o meu copo novo.
- Eu chamo-mo Pedro e tu?
- Olha Pedro, eu não estou interessada em ti… Jogo noutra divisão, entendes? – Isto costuma resultar sempre.
- Desculpa, só queria passar algum tempo a conversar contigo, pareces simpática!
Entretanto chegou o meu copo. Pego nele imediatamente e digo-lhe:
- É melhor ires passar esse tempo a conversar sozinho, ok? Estás a estragar-me a noite!
Não estava a mentir, estragou-me mesmo a noite. Fiquei logo de mau humor com o empurrão. Que gajo parvo.
- Ok, ok! Então até qualquer dia!
- Adeusinho!
Continuei à procura daquele desconhecido mas não o vi mais. Procurei as minhas amigas e elas estavam enroladas com novas “amizades”. Meia hora depois decidi sair um pouco para apanhar ar.
Cá fora estava mais fresco, era uma noite quente de verão, estava-se muito bem na rua. Fui andar um pouco por ali perto e fumei um cigarro. Estava com uma sensação estranha, parecia que havia alguém a observar-me, mas quando olhava não estava ninguém.
Não conseguia esquecer aquele olhar profundo. Nunca tinha sentido aquilo.
Dei mais uns passos e nem queria acreditar, era ele. Estava a fumar um pouco mais à frente. Estava a olhar para mim e sorriu, eu retribuí o sorriso e aproximei-me dele! Enquanto me fui aproximando consegui vê-lo na totalidade, era alto, moreno com cabelos castanho claro, olhos muito azuis, ombros largos, trazia uma camisa preta e uns jeans pretos também.
- Olá! Boa noite!
Ele não respondeu, agarrou-me na cintura e encostou-me à parede, olhou-me bem nos olhos por instantes e beijou-me. Senti-me arrebatada pela força daquele beijo, por aqueles lábios quentes, a sofreguidão das nossas línguas. Não resisti. Tudo à nossa volta parou, só conseguia ouvir o meu coração, parecia que estava a bater nos ouvidos cada vez mais alto.
Optei por esquecer que o tinha acabado de conhecer e toquei-lhe o peito, aproximei-me do corpo dele, pedindo em silêncio mais um beijo. E esse beijo veio. Beijou-me o rosto, a boca, começou a descer pelo pescoço e a mordê-lo suavemente. As minhas mãos percorriam as suas costas e o peito, as mãos dele estavam na minha cintura e aos poucos uma delas desceu até à minha perna, contornou a coxa, e agarrou a nádega… Senti o calor que vinha de dentro das suas calças. A sua mão deslizou até ao meu seio e agarrou-o, beijou-me o mamilo mesmo por cima do meu top e senti-o a ficar duro dentro da sua boca. Começou a afastar o top do caminho e agarrou os meus seios com firmeza.
- Aqui não! – Estávamos numa rua demasiado iluminada para podermos explorar aquele momento.
Agarrou-me a mão e puxou-me para um beco mais resguardado. Encostou-me novamente à parede e roçou o volume que tinha dentro das calças em mim. Afastou-me o top, agarrou-me os seios e beijou-os intensamente, fez rodar os dedos à volta dos mamilos que ficaram imediatamente duros. A sua mão começou a baixar e tocou-me na rata. Baixou-se e tirou-me a tanga, abriu-me um pouco as pernas, levantou-me a mini-saia e começou a beijar-me. A sua língua começou a massajar-me o clítoris primeiro, devagar, aumentando de ritmo até eu começar a gemer. Mordi os lábios para me conseguir conter. Sem avisou enfiou um dedo dentro de mim, até ao fundo, arrancando-me um longo gemido de prazer. Acariciou-me, beijou-me, lambeu-me, mordiscou-me e enfiou mais um dedo movendo-os intensamente dentro de mim. Quase me vim naquele momento. Os meus gemidos pareciam gritos no silêncio da noite. Enquanto estava encostada à parede esqueci onde estava, esqueci do resto do mundo e entreguei-me a ele.
Levantou-se e comecei a desabotoar-lhe a camisa, tinha os músculos bem definidos, a sua pele e o seu cheiro eram doces. Passei a minha língua pelos contornos do seu peito. Consegui ver o volume dentro das suas calças, passei a mão e abri-lhe as calças, e puxei o seu pénis enorme e rijo. Baixei-me e beijei-o, ao de leve. Era tão excitante saborear o seu tesão. Depois meti-o o mais que pude dentro da minha boca e ouvi o seu gemido de prazer. Acariciei-lhe os testículos e beijei-os, fiz passar a minha língua pelo seu pénis desde os testículos até à cabeça, onde fiz rodar a minha língua, meti-o na boca outra vez e agarrei-o com força. Não me deixou continuar e levantou-me, retirou o preservativo do bolso e colocou-o rapidamente. Levantou-me e pegou em mim ao colo, entrelacei as minhas pernas à volta da sua cintura, ele encostou-me à parede enquanto me segurava com as mãos nas nádegas.
O seu pénis intumescido penetrou-me facilmente tal era o meu desejo, senti uma onda de prazer a percorrer o meu corpo todo, não consegui evitar os gemidos. Saiu e entrou outra vez em mim, profundamente, saboreando a minha carne húmida, e levando-me ao delírio.
O ritmo dos movimentos começou a acelerar, o nosso suor misturava-se no nosso peito. Os nossos gritos misturavam-se com beijos. As suas mãos apertavam as minhas nádegas com força. Os meus mamilos roçavam no seu peito húmido de suor.
Cada vez gritávamos mais. Eu forçava as suas investidas com as minhas pernas.
- Ahh, ahh! Estou quase… estou quase – sussurrei com a minha respiração ofegante.
Os seus movimentos tornaram-se ainda mais rápidos, apertei-o bem dentro de mim, até que ele se enterrou profundamente na minha carne quente, vindo-se num estremecer de prazer, enquanto gemíamos bem alto.
Beijou-me ainda dentro de mim. Pousou-me no chão e vestimo-nos.
Alguns momentos depois oiço chamar por mim ao longe, era a voz da Vera. Peguei-lhe na mão e comecei a andar em direcção à rua principal. Ele largou-me a mão e ficou para trás. A voz da Vera estava cada vez mais longe, tinha que ir ter com ela ou ia ficar sozinha no Porto. Fui até ele e beijei-o nos lábios docemente.

Anos depois, aquele desconhecido e aquela noite ainda não me saíram do pensamento. Cada segundo, cada gemido, cada suspiro. Relembro o prazer intenso e alucinante daquele orgasmo, que me invadiu naquela noite quente de Verão.
Nunca mais o vi, nunca soube o seu nome, nunca ouvi a sua voz.

26 maio, 2009

Seda

- Anda! Beija-me a rata. Isso, vai, mais… Aiiih!!! Humm!
A língua quente do Bruno a deslizar na minha rata deixa-me sempre louca de desejo.
- Isso, chupa-me, assim mesmo...
A forma como ele me faz um minete é indescritível, primeiro passa muito devagar a sua língua quente pela minha rata, de forma a saboreá-la toda, ele sabe que eu fico maluca com isso, o calor da língua contagia-me e fico ainda mais excitada. Depois começa-me a chupar o clítoris, suga-o e larga-o repetidamente, eu só consigo estremecer de prazer.
- Isso, tu sabes como eu gosto, aí mesmo, vai chupa, sim, mais depressa.
É bom quando o Bruno obedece aos meus comandos. Não sou propriamente mandona… Mas, como se costuma dizer, gosto de ficar por cima. E acho que ele não se importa nada com isso.
- Ahh, ahh, agárra-o, isso!
Quando ele me segura o clítoris com os lábios e começa a agitar a cabeça. Aí sim… Perco completamente o controlo. Só consigo suster a respiração para não gritar…
Retiro a minha perna de cima do tablier e a outra do banco dele e começo a desapertar-lhe as calças, o seu pénis está completamente erecto.
- Põe o teu banco para trás.
Assim tenho mais espaço entre ele e o volante, ajoelho-me em cima dele com os joelhos no espaço que resta nas laterais do banco, ele deita-se. Coloco o preservativo depressa e enterro o seu pénis na minha rata, todo de uma vez. Ele geme de prazer e agarra-me as mamas.
Vou investindo contra o seu pénis com mais rapidez, o carro abana todo…
- Ahh, Ahh, Lena, és demais!
- Gostas, assim, queres mais rápido?
O que vale é que estou em forma…
- Lena, estou quase, ahh!
Começo a aumentar a rapidez e um minuto depois ele desfaz-se dentro de mim. É pena eu ainda conseguia mais uns minutos…
- Amo-te!
- Eu também.
Saio de cima dele e sento-me no meu banco, puxo o meu top para cima – que estava na cintura - e procuro a minha tanga no tablier e depois acabo de me vestir.
- Já estás pronto? Já está na hora de eu entrar!
Saímos do carro e vou buscar o meu trolley com a roupa para esta semana à mala.
- Amo-te muito, vou ter tantas saudades tuas esta semana!!!
- Eu também! Agora tenho de ir está bem?
Beijamo-nos e eu dirigi-me ao portão enquanto ele arranca.
Estava a ter alguma dificuldade em fechar o portão, é de ferro muito pesado,
- Deixe estar que eu fecho!
- Ai! Que susto, Dr. Sérgio!
- Desculpe, não era a minha intenção!
- Sim! Claro! Não estava à espera de o ver aqui, só isso.
- Vim passear o Bob, e estava a observá-la a ter problemas com o portão!
Espero que tenha sido só isso que observou… Há quanto tempo é que ele estaria ali?!
- Então boa noite Dr. Sérgio!
- Boa noite Lena!
Segui o passeio de pedras até às traseiras da mansão, fui para o meu quarto, desfiz a minha mala, fui à casa de banho e adormeci.


Às 6 da manhã o meu despertador já estava a tocar… Tenho que preparar o pequeno-almoço para o Dr. Sérgio e para a Dr.ª Marta. Daqui a uma hora eles já estão na sala de jantar.
- Odeio esta farda!
Penso alto, é mesmo uma farda à moda antiga, vestidinho preto com botões à frente, mangas compridas e avental de peito branco… Só falta o “chapelito” ou lá como aquilo se chama na cabeça! O que vale é que o meu lado sensual ultrapassa este obstáculo, ando sempre com uns collans pelo meio da coxa que aderem à pele com silicone, com uma enorme barra de renda, e um conjunto de lingerie, tanga bem pequenina e soutien bem decotado. Pode parecer um pouco vulgar, do género striper, mas eu sinto-me super sexy… e isso é que importa…
Tenho montes de conjuntos deste estilo, em várias cores, vou mudando conforme o meu estado de espírito… Hoje é femme fatale, preto.
Sinto-me mesmo bem, não sei se terá a ver com a queca de despedida de ontem.

Às 7h a mesa com o pequeno-almoço já está pronta, começo a ouvir os passos da Dr.ª Marta a descer do seu quarto no 1º andar. O barulho dos saltos altos é inconfundível.
- Bom dia Lena!
- Bom dia Dr.ª! O Dr. Sérgio não vai descer?
- Não Lena, o Dr. hoje fica em casa, tem algumas questões para resolver e não vai ao consultório.
- Para o almoço faça peixe grelhado por favor.
Que nojo! Vou ficar a cheirar a peixe todo o dia.
Retirei-me para a cozinha e fui levantar a mesa quando ouvi o Mercedes da Dr.ª a arrancar.
Fui levantar a mesa. O Dr. não veio tomar o pequeno-almoço…

Comecei por limpar o quarto dos patrões, abri as janelas, fiz a cama, aspirei e limpei o pó.
A casa tem um estilo clássico com móveis pesados, provavelmente antiguidades, e quadros em quase todas as paredes de vários géneros de pintura. Parece um castelo, com tectos altos e portas pesadas com dobradiças de ferro, quase parece medieval. Depois do quarto passei para o escritório, os restantes quartos da mansão não precisavam de ser limpos hoje, raramente eram usados por isso, a não ser que fosse alguém passar a noite à mansão só os limpava duas vezes por mês e esta semana não era necessário.
Passei ao escritório, mal entrei vi o Dr. Sérgio… Lembrei-me imediatamente da noite anterior… será que ele me viu com o Bruno?
- Desculpe, não sabia que estava aqui.
- Não faz mal, pode entrar e limpar.
- Mas se calhar vou incomodá-lo!
- Não se preocupe, daqui a pouco vou fazer um intervalo.
Comecei por limpar o pó, ia aspirar só quando ele fizesse o tal intervalo.
O Dr. Sérgio era um pedaço de mau caminho… Era moreno com uma tez dourada, alto, olhos verdes e cabelos castanho claro, corpinho de ginásio, e sempre perfumado. As mãos dele estavam sempre arranjadas, provavelmente fazia manicura, já não era a primeira vez que reparava nisso. Ele hoje estava muito relaxado, trazia um roupão de seda apenas, e umas calças a combinar para baixo. A abertura do roupão deixava ver os seus músculos bem esculpidos do peito e da barriga. Meu Deus! Nunca o vi assim, tão… despido… Fiquei logo com calor. Só de imaginar que ele me pode ter visto ontem numa cena sexual. Que vergonha! Mas também, se viu está visto… não posso fazer nada.
Ajoelhei-me de costas para o Dr. para limpar a mesinha que está ao pé dos sofás, e qual o meu espanto quando através do reflexo da porta de vidro do bar o vejo a olhar para mim, ou melhor… para o meu rabo… Achei alguma graça. Afinal ele estava agora a ver-me com outros olhos… Resolvi arriscar e inclinei-me para a frente para chegar à ponta da mesa, assim fiquei com os meus collans a verem-se de certeza e provavelmente a minha mini tanga também, acho que até os olhos dele saltaram das órbitas…
Não é por nada mas eu até não sou nada de se deitar fora. Sou alta, tenho olhos e cabelos cor de mel, a minha tez é clara, sou escultural, as minhas mamas preenchem uma boa mão com uns mamilos rosados definidos, nem demasiado grandes nem demasiado pequenos, o meu rabo é redondo e cheio, e as minhas pernas demonstram bem o meu trabalho no ginásio ao fim de semana.
Acho que o Dr. Sérgio ficou um pouco atrapalhado e saiu do escritório sem dizer uma palavra.
Acabei de arrumar o escritório e fui até à cozinha começar a preparar o almoço.
- Dr. Sérgio precisa de alguma coisa?
Fiquei espantada de o ver ali.
Ele aproximou-se de mim, e consegui ver o tesão dele por dentro das calças de seda. Uau!!! Não sabia bem como reagir mas achei que devia aproveitar. Ele beija-me e aperta-me o meu rabo, Fiquei húmida imediatamente… Encosta-me à mesa da cozinha e desaperta as calças dele, que deslizam para o chão. Mas que belo pénis, grande, grosso, com a cabeça bem vermelha.
Enquanto isso eu tiro a minha tanga, assim ele pode perceber que eu também o quero.
Ele levanta-me e senta-me em na ponta da mesa, dá um sorriso malandro quando ao abrir-me as pernas viu a minha rata completamente depilada.
Enfiou o seu enorme pénis dentro de mim, uma e outra e outra vez, cada vez os seus movimentos eram mais rápidos. Era delicioso sentir o seu membro vibrante dentro de mim.
- Ahh! Ahh! Ahh!
Comecei a gemer ao ritmo dos seus movimentos, e ele também.
Toda a loiça que estava em cima da mesa tilintava. Poucos minutos depois – muito poucos minutos – ele veio-se em cima da minha ratinha.
Pobre Dr. Sérgio a tua mulher pôs-te a pão e água… E agora vens-te num instante… Nem aproveitas. Foi a única coisa que consegui pensar.
Ele puxou as calças para cima e saiu da cozinha sem dar uma palavra. Parece que precisa de ser mais educado… Pelo menos podia ter agradecido. Afinal de contas eu não fiquei lá muito satisfeita com a sua prestação…
Até fiquei um pouco chateada, as quecas de ontem e hoje tinham sido tão rápidas que eu até fiquei desconsolada.
15 Minutos depois ouvi o carro dele a arrancar a alta velocidade.
Fixe, assim é almoço só para um… já não faço peixe de certeza…


Os patrões não vieram jantar, fui dormir bem cedo.
Acho que estava a sonhar com o Bruno quando fui despertada por alguém que me tapou a boca com a mão.
- Não grites sou eu!
O Dr. Sérgio, no meu quarto a dizer para eu não gritar… Se calhar não ficou satisfeito hoje de manhã! Eu abanei que sim com a cabeça, ele retirou a mão da minha boca e ajudou-me a levantar, ficamos de pé ao lado da cama. Ainda bem que eu trazia a camisa de noite mais sensual que tinha, preta de renda colada ao corpo e bem curtinha, mostrando todas as curvas do meu corpinho de sereia, e uma tanga quase invisível, e muito fácil de tirar. Nunca se sabe que surpresas a noite pode trazer, não é? Como é que ele me pode resistir assim vestida…
Deixou a porta do quarto entreaberta com a luz do corredor acesa, o quarto estava na penumbra. E se a Dr.ª Marta aparece, pensei. Ela está muito longe de certeza que não ia ouvir nada e deve ter tomado um daqueles comprimidos para dormir que guarda na mesinha de cabeceira.
Ele trazia um lenço de seda na mão que usou para me vendar.
- Não tenhas medo!
A voz dele era apaziguadora e reconfortante. Não senti medo.
A boca dele começou a beijar-me o rosto aproximando-se dos lábios, suavemente, percorreu com a língua todos os recantos da minha boca e dos meus lábios. Ele beija muito bem. Depois começou a beijar-me o pescoço, adoro quando me beijam o pescoço, de um lado depois de outro. Comecei a sentir as suas mãos nas minhas mamas, primeiro agarrou-me as mamas devagar, massajando-as, depois baixou-me as alças da camisa de noite e fez tocar só as pontas dos dedos na pele. Fiquei toda arrepiada, os meus mamilos começaram a endurecer. Com os dedos apertou-me um mamilo enquanto beijava o outro.
- Ahh!
No preciso momento em que gemi, ele morde-me o outro mamilo. O calor começou a invadir o meu corpo. Estava a adorar o que ele estava a fazer. Ele alternava as massagens com mordidelas deliciosas. Comecei a ficar com a minha rata toda molhada. Continuou a beijar-me os seios, as suas mãos passeavam agora nas minhas costas e nas minhas nádegas, que agarrava com força. Sentia-me cada vez mais excitada, o facto de estar vendada e que a mulher dele estava lá em cima a dormir profundamente ainda aumentava mais o meu desejo.
- Hoje de manhã foram só os preliminares! – Sussurrou ao meu ouvido
Ri-me com a observação, fiquei até contente em saber que ia passar um bom bocado com ele. Já não era sem tempo!
Tentei retirar-lhe o roupão de seda mas ele não me deixou.
Subiu a minha camisa de noite até à cintura e afastou-me a tanga para o lado, fez deslizar os seus dedos pelos lábios da minha rata.
De repente, começo a sentir alguém a tocar-me nas mamas
- Mas o que é isto? – digo enquanto retiro a venda.
- Surpreeesa!!! – diz-me baixinho
E qual o meu espanto quando me viro e vejo a Dr.ª Marta no meu quarto. Puxei imediatamente a minha camisa de noite para o lugar. Primeiro fiquei um pouco confusa, pois a minha primeira reacção foi de que ela nos tinha apanhado juntos. Mas depois ela deu-me um sorriso lascivo e percebi que também queria participar.
A Dr.ª Marta era uma loiraça alta, muito sensual, com um corpo fantástico, bem definido, tipo top model. Trazia uma camisa de seda branca, comprida que deixava transparecer as formas do seu corpo. Aproximou-se de mim e deu-me um pequeno beijo nos lábios. Nunca tinha estado com uma mulher antes.
Apesar de serem meus patrões, decidi arriscar e manter aquele triângulo sexual. Mas deixei que eles tomassem o primeiro passo. O Dr. Sérgio começou a beijar-me o pescoço novamente e apalpou-me as nádegas, a Dr.ª Marta veio para trás de mim e beijou-me as costas, as suas mãos ultrapassavam limites e tocavam-me os mamilos. Depois a Dr.ª tirou a sua camisa de noite e ficou só com a tanga branca. Virei-me para ela e comecei a beijar-lhe os mamilos, aos poucos ficaram rijos, eram muito suaves e perfumados. A sua respiração foi ficando cada vez mais alta. Senti que o Dr. Sérgio me estava a tentar tirar a camisa de noite e deixei-o ficando também só em tanga também.
Decidimos ir para a cama. A Dr.ª Marta deitou-se e eu deitei-me por cima dela beijando-lhe os lábios, eram doces e delicados. O Dr. Sérgio veio por trás de mim, tirou-me a tanga, começou-me a beijar as costas, as minhas pernas um pouco afastadas permitiram a subida dos seus dedos que entraram na minha rata húmida, com movimentos suaves.
Só conseguia pensar o quanto me apetecia provar aquela rata loira da Dr.ª Marta, fui descendo o corpo dela sem parar de a beijar, afastei a sua tanga e vi a sua ratinha, pequenina, cor-de-rosa, com um triangulo de pêlos loiros por cima, tinha um cheiro adocicado. Passei a minha língua pelos seus lábios e ela estremeceu, comecei a brincar com o seu clítoris, chupando-o devagar e largando repetidamente, ela gemia. O Dr. Sérgio pôs-me de gatas, e tirou a roupa que trazia, não o conseguia ver mas vi as roupas dele no chão. Fechou-me as pernas e enfiou o seu pénis entre as minhas pernas, de forma a não me penetrar.
- Humm!
Aquela sensação do seu pénis a esfregar a minha rata era fantástica. Continuou este movimento por algum tempo, eu estava a adorar.
- Ahh! Humm!
A Dr.ª Marta gemia alto com o minete que eu lhe fazia, suguei-lhe o clítoris e abanei a minha cabeça, como o Bruno me costuma fazer.
- Ahh!! Ahh! Isso mesmo!!!
O Dr. Sérgio e a Dr.ª Marta olhavam-se com cumplicidade. As nossas respirações estavam agora muito ofegantes. O Dr. Sérgio parou de repente e saiu de trás de mim.
Aproximou-se da sua esposa e ofereceu-lhe o seu poderoso pénis. Ela começou a beija-lo suavemente. Rodava a língua à volta da cabeça, passava a língua ao longo dele com a boca bem aberta e engoliu-o todo, com movimentos vai e vem repetidos. Ele começou a gemer. Resolvi oferecer mais algum prazer à minha patroa e devagarinho enfiei-lhe um dedo na sua rata.
- Humm! Que bom! Isso! Faz outra vez!
- Gosta assim Dr.ª?
- Sim, isso, vai, faz mais!
Voltou a colocar o pénis do Dr. na boca, e agarrou-lhe os testículos, ele soltou um longo gemido, pôs os testículos na boca e sugou-os brincando com a língua.
Enfiei-lhe dois dedos na rata, e ela estremece, com a outra mão livre, prendi o seu clítoris entre os dedos e comecei a agitá-lo. Ela gostou e geme cada vez mais alto.
Minutos depois eu só pensava no quanto me apetecia ter aquele pénis na minha boca, a Dr.ª chupava-o com tanta vontade, só me apetecia dividi-lo com ela.
Como se lê-se os meus pensamentos ela pegou na minha mão e puxou-me para ela. Sentamo-nos na cama com o Dr. de pé à nossa frente.
Abocanhei aquele pénis duro, a cabeça era aveludada o corpo liso e macio, doce. Meti-o o mais fundo que pude até à garganta, deixei a minha língua movimentar no pouco espaço que sobrava. A Dr.ª beijava os testículos. Ele gemia cada vez mais ao ritmo das minhas investidas. Estava a adorar vê-lo a perder quase o controlo comigo.
- Calma senhoras! Chego para as duas…
Deitou-se e puxou Dr.ª para cima dele. Ela enfiou-o na sua rata até ao fundo. E começou a subir e a descer nele em movimentos suaves. Fui também para cima do Dr., fiquei de frente para a Dr.ª, beijei-lhe os lábios e apertei-lhe as mamas com as mãos, de repente senti os dedos do Dr. deslizar para dentro de mim, comecei a subir e a descer ao mesmo ritmo da Dr.ª. Os nossos movimentos tornaram-se cada vez mais rápidos e os nossos gemidos cada vez mas ofegantes. Ela acabou por se vir e deixar aquele enorme pénis só para mim, ainda estava duro, ia sentar-me em cima dele quando ele se levantou.
Deitou-me na cama e abriu-me bem as pernas, começou a tocar-me no clítoris com o dedo polegar, muito depressa. A Dr.ª estava atrás dele a massajar-lhe o grosso pénis. Eu estava fora de mim, queria parar mas sabia que o melhor ainda estava a chegar, controlei-me e fechei os olhos.
- Aaaahhhh!!!
O meu longo gemido foi a gota d’água, enfiou-me aquele enorme pénis todo e investiu profundamente contra a minha rata. Primeiro com movimentos lentos e depois cada vez mais intensos.
- Ahh, Ahh, Ahh!
- Não te venhas ainda, espera mais um pouco!
Abrandou o ritmo, tinha sido a primeira vez que um homem me pedia para esperar.
A Dr.ª ao meu lado começou a lamber-me os mamilos, e a sugá-los, e a mordiscá-los, e a apertá-los. Eu não me conseguia mexer tal era o meu estado de excitação.
O Dr. voltou a aumentar o ritmo, e começamos a gemer bem alto, aqueles minutos de pura luxúria levaram-me ao delírio.
- É agora, é agora, haarrhh!
- Dr. Sérgio, ahh, ahh, ahh, aaaaahhh!
Viemo-nos ao mesmo tempo, conseguia sentir o seu doce néctar a jorrar dentro de mim. Foi incrível. Deitamo-nos os três na cama e acabamos por adormecer.
De manhã quando o meu despertador tocou eu estava sozinha, estava vestida e não havia vestígios de ter estado ali mais alguém.
- Será que sonhei?


Lana Fraga